Menos mortes não quer dizer mais segurança

Neste mês foi divulgada a 13ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, feito por pesquisadores do Fórum e do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O documento aponta uma queda de mais de 10% no número de mortes violentas em 2018 se comparado com o ano anterior. A menor taxa de criminalidade desde 2014. Então, temos motivos para comemorar, certo? Infelizmente ainda não é bem assim.

Organizar o sistema prisional é pensar na segurança de todos

No mês passado tivemos mais uma rebelião, desta vez, no presídio de Altamira, no Pará, que deixou mais de 50 mortos. Não foram poucas as manifestações, até de autoridades, celebrando as mortes e minimizando a questão, como se o problema fosse somente entre bandidos e não afetasse a sociedade em geral. Uma grande e perigosa […]

A criminalidade dói até no seu bolso

É essencial entendermos o grau de complexidade da segurança pública no país, ninguém está a salvo dos reflexos e consequências. Por este motivo, a sociedade precisa ser a chave da cobrança por mais inteligência na condução deste setor.

Milícia: o vácuo do Estado gera o poder paralelo

O vácuo deixado pelo Estado sempre precisa ser ocupado. É neste momento que surgem os poderes paralelos. Quando não existe, por parte dos governantes, políticas para prover segurança, moradia, saneamento básico, gás, luz, entre outros itens de sobrevivência para os mais carentes, alguém toma esta responsabilidade em troca de dinheiro e poder.

O que fazer quando 30% das cidades mais violentas estão no Brasil?

O Brasil concentra somente 1% de todo o território do mundo, mesmo sendo o quinto maior país em extensão. Entretanto, este espaço é suficiente para concentrarmos 30% das cidades mais perigosas, segundo o estudo da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal. Dos 50 municípios mais violentos de 2018, 14 deles estão dentro das nossas fronteiras.