As empresas brasileiras gastam em média, por ano, R$ 171 bilhões para se protegerem da criminalidade. O dado é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e foi divulgado na última edição do Atlas da Violência do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esse número corresponde a 1,7% do PIB nacional de 2022. E o órgão federal que coletou essa informação ainda destacou que, anualmente, estima-se que o custo total do país com esse setor represente 5,9% do seu Produto Interno Bruto, o equivalente a R$ 595 bilhões.
Ao analisar este cenário, Marco Barbosa, diretor da Came do Brasil, líder mundial em equipamentos de controle e automação de acesso, revela que a unidade brasileira da companhia vem recebendo uma demanda crescente das empresas que estão buscando produtos de alta segurança para resguardar ao máximo o seu patrimônio. “Infelizmente, o Brasil é um país violento e isso gera insegurança para todo mundo. E quem tem condições financeiras, investe para se sentir mais seguro. A atuação principal do nosso negócio hoje está relacionada com os produtos de alta segurança direcionados às empresas e comércios, atendendo uma série de segmentos, como, por exemplo, as companhias de transportes de valores e de centros logísticos de distribuição que, de uma maneira geral, armazenam mercadorias com um alto valor agregado”, enfatiza Barbosa.
O crescimento da preocupação com a violência tem ajudado a manter o mercado de proteção patrimonial aquecido. Em outro dado divulgado recentemente, a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) apontou, em sua última estimativa, que cerca de R$ 36,3 bilhões foram movimentados em 2021 nessa área do setor privado. Para completar, a Confederação Nacional de Seguradoras confirmou que, no ano passado, as companhias de seguros de transportes arrecadaram aproximadamente R$ 5,3 bilhões no país e as corporações de apólices empresariais foram responsáveis pela circulação de uma receita de algo em torno de R$ 3,9 bilhões.
O mercado aquecido vem se refletindo nos números expressivos da Came no setor. “A empresa já havia tido um 2023 muito bom em relação às vendas de produtos de alta segurança. E se a gente for comparar o primeiro trimestre de 2024 com o mesmo período do ano passado, o volume de negócios desta época recente cresceu em mais de 20% com esses equipamentos”, revela Barbosa.
O diretor da Came afirma ainda que os produtos de alta segurança oferecidos em seu portfólio mais procurados hoje pelas empresas são as cancelas de elevada proteção, os bollards e road blockers (barreiras retráteis resistentes a fortes impactos), além das garras de tigre, que são dilaceradores de pneus afixados no solo que são outro obstáculo ao trânsito de veículos guiados por criminosos. “Esses produtos da Came estão consolidados como um diferencial para as companhias que buscam altos níveis de segurança para proteger os seus patrimônios e os seus colaboradores, que também precisam ser resguardados diante da criminalidade crescente no país”, ressalta Barbosa.
Came na Exposec 2024
No combate à violência, a tecnologia é uma aliada fundamental para ajudar a garantir bons esquemas de resguardo para as empresas. E a Came vai expor todo o seu portfólio de equipamentos tecnológicos disponibilizados atualmente no Brasil na próxima edição da Exposec, a feira internacional de segurança, marcada para ocorrer entre os dias 4 e 6 de junho, em São Paulo.
“Os produtos que temos atualmente são muito trabalhados para disponibilizar aos nossos clientes a maior conectividade possível. E isso está presente até mesmo nos produtos operados mais por hardwares do que por softwares, como as cancelas e as catracas. O objetivo, com isso, é trazer o máximo de informações para quem vai administrar os sistemas de segurança”, enfatiza Barbosa, que também é especialista em segurança.
O Came Key, o Came Connect, o Came QBE e três modelos de placas controladoras de equipamentos estão entre os dispositivos da gama da companhia no país para ajudar a automatizar a operação dos sistemas de segurança. “Na próxima Exposec vamos mostrar algumas novidades no nosso showroom e os produtos serão exibidos em funcionamento. Entre eles estarão os de alta segurança, que são fundamentais como parte das possíveis soluções para amenizar os riscos existentes dentro das empresas”, completa Barbosa.
Entretanto, o diretor da Came enfatiza que para acabar com essa sensação de insegurança são necessárias ações governamentais em várias esferas, que deveriam interagir em prol de um plano nacional de combate à criminalidade. “Se isso ocorresse, inclusive na área jurídica, em algumas décadas seria possível ao menos minimizar essa sensação. Porém, como no Brasil acontece justamente o inverso, pois as esferas não se conversam e, ao que parece, não há uma intenção genuína de resolver o problema da segurança pública, as pessoas e as empresas vão se proteger da maneira que acharem melhor e, desta forma, recorrerão aos equipamentos de segurança”, encerra o especialista.